“Juventude que ousa lutar
constrói o Projeto Popular!”
O Grito dos/as Excluídos/as “é uma manifestação popular carregada de
simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de
pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as
causas dos/as excluídos/as”. Ele “constitui-se numa mobilização com três
sentidos: denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo,
concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; tornar
público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas
do desemprego, da miséria e da fome; propor caminhos alternativos ao modelo
econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com
a participação ampla de todos os cidadãos”.
O Grito “não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de
participação livre e popular, em que os próprios excluídos/as, junto com os
movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos
esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças” (http://www.gritodosexcluidos.org/historia/).
O Grito
dos/as Excluídos/as deste ano - em sua 19ª edição - tem como tema “A exclusão
dos/as jovens” e como lema “Juventude que ousa lutar constrói o Projeto
Popular!”. Pretende refletir sobre a situação da juventude - vítima de um
sistema gerador de exclusão, discriminação, violência e extermínio - e convocar
os/as jovens ao protagonismo social.
“Precisamos ter claro que o Estado,
como temos hoje no Brasil, é a forma de organização da classe dominante. Sua
função é tornar essa classe sempre mais dominante, visando sua hegemonia;
assegurar o funcionamento e a reprodução do capital; impedir qualquer tentativa
de mobilização popular”.
A estratégia dos/as excluídos/as passa
necessariamente pela mudança profunda da estrutura do Estado. “Nosso desafio é
saber atuar nesta conjuntura tão adversa. É fundamental que os trabalhadores e
trabalhadoras tenham um projeto que coloque no centro os interesses do Projeto
Popular para o Brasil, articulado e assumido pelo conjunto das forças sociais
do campo e da cidade. O momento é de fortalecermos lutas unificadas para
derrotar as estruturas injustas desta sociedade”.
O Grito dos/as Excluídos/as 2013 “incentiva
e convoca as organizações de articulação da juventude e da sociedade em geral a
se juntarem, lutar e ajudar na construção deste Projeto Popular. A luta e a
unidade da juventude são muito importantes nesta conjuntura. Os jovens podem
contribuir com a criatividade, com a energia, com a força e com espírito
questionador, próprios da juventude, para enfrentar o capital. E, como
protagonistas, construírem sua história, comprometidos com a luta pela transformação
social e a continuidade da vida”.
Este ano, o Grito dos/as Excluídos/as
tem dez eixos: Mundo do Trabalho, Juventude
e Exclusão, Comunicação, Políticas Públicas, Extermínio da Juventude, Juventude
e Projeto Popular para o Brasil, Mística, Povos Indígenas/tradicionais,
Violência contra a Mulher, Estado e Juventude”.
A respeito do Mundo do Trabalho, queremos “denunciar a exploração sofrida pelos
jovens trabalhadores/as do campo e da cidade; levar a discussão sobre a ligação
entre precariedade, exploração, desemprego e a relação com os Governos; gritar
pelos direitos trabalhistas e educação formal da juventude; construir e
divulgar caminhos concretos para a juventude trabalhadora enfrentar essa
realidade”.
A respeito da Juventude e Exclusão, queremos “lutar pela desconstrução da
realidade de exclusão social, sobretudo dos jovens, que cada vez mais se torna
invisível aos olhos do sistema, do Estado, dos políticos e da sociedade como um
todo”.
A respeito da Comunicação, queremos “denunciar os meios de comunicação de massa
que vêm, ao longo da história, utilizando as mídias como instrumento de poder,
alienação e manipulação da juventude e da sociedade. As mídias alternativas
apresentam-se como uma forma de democratizar as informações, articular,
mobilizar e impulsionar a organização coletiva em prol de objetivos comuns”.
Queremos “anunciar que outra forma de comunicação é possível”. Precisamos “nos
apropriar dos mecanismos de mídia em favor das lutas sociais” e gritar pela
democratização da comunicação.
A respeito das Políticas Públicas, queremos que “as políticas públicas, em favor
da juventude, sejam implementadas e monitoradas, visando uma sociedade mais
justa e igualitária”.
A respeito do Extermínio da Juventude, queremos clamar “por paz e justiça, contra
qualquer tipo de extermínio, seja físico ou mental, que atinja nossa juventude”
e convidar “a todos/as a somar-se às lutas que já vêm acontecendo”.
A respeito da Juventude e Projeto Popular para o Brasil, queremos que - em
contraposição ao projeto capitalista - os jovens se lancem “no desafio da
construção do Projeto Popular. O que será possível com a luta pela construção
de uma democracia plena e real”, que socialize o acesso a todos os direitos,
inclusive à soberania.
A respeito da Mística, queremos - diante da mudança de época e dos novos desafios
que esta mudança nos apresenta - “refletir sobre o protagonismo social dos jovens,
homens, mulheres, negros, urbanos e rurais para superarem as crises, as
adversidades e as situações traumáticas. É aí que entra a nossa
espiritualidade, fonte e base de sustentação a uma prática transformadora com
olhar distinto e microscópico das situações/realidades, que conduza à
cidadania. É através da Mística que buscamos essa prática transformadora, ‘tudo
junto e misturado’, dialogando e buscando novas experiências que ajudem na
superação de problemas e dos grandes riscos que afetam o crescimento humano e
espiritual”.
A respeito dos Povos Indígenas/tradicionais, queremos mudanças profundas, como “a
demarcação de terra, autonomia e reconhecimento desses povos historicamente
vítimas de exclusão, extermínio e escravidão. Para isso destacamos o
protagonismo assumido pelos povos indígenas, que lutam pelo reconhecimento de
seus territórios e denunciam as agressões e mortes que vêm sofrendo”.
A respeito da Violência contra a Mulher, queremos nos apropriar da Lei Maria da
Penha e impulsionar “a discussão do papel do homem e da mulher, para que
possamos combater o mal da violência contra a mulher pela raiz”.
A respeito do Estado e Juventude, queremos reivindicar “que o Estado cumpra com a
sua responsabilidade de garantir direitos e políticas públicas a toda a
população com qualidade e prioridade, principalmente aos nossos jovens e
adolescentes”. (http://www.gritodosexcluidos.org/pdf/jornal_grito_56.pdf).
Em Goiânia, o Grito dos/as Excluídos/as
2013 acontecerá no dia 7 deste mês. A concentração será na Praça Universitária
às 8 horas, com oficina de cartazes e apresentações teatrais de jovens. Caminharemos
até a Catedral. Teremos uma parada e continuaremos a caminhada até a Praça
Cívica. O encerramento está previsto por volta das 12 horas na mesma Praça.
Participe! Sua presença é muito importante! Um outro mundo é possível e
necessário!
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