A acusação - que levou Jesus
de Nazaré, o Salvador do mundo, a ser preso e a morrer na Cruz por amor a todos
e todas nós, desde os pobres, marginalizados, oprimidos, excluídos e
descartados - foi essa: “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso
povo” (Lc 23, 2).
Jesus ressuscitou, está vivo e
caminha conosco. “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome (por minha
causa), eu estou aí no meio deles” (Mt 18, 20). E ainda: “Eu estarei com vocês
todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).
Hoje, muitos cristãos e
cristãs, que - como discípulos missionários e discípulas missionárias de Jesus
de Nazaré continuam sua missão no mundo - são chamados e chamadas de
“subversivos e subversivas”. Lembremos, por exemplo, os mártires do Brasil e da
América Latina, como Pe. Josimo Tavares, Margarida Alves, Dom Oscar Romero e
muitos outros.
O pior e o que mais dói é
quando essas acusações são da própria Igreja Instituição e daqueles que
- pelo ministério que exercem - deveriam ser verdadeiros irmãos e animadores
das Comunidades cristãs.
A tomada de posição de Dom
Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, no Brasil, a respeito do Pe. Júlio
Lancellotti - é uma grave violação dos Direitos Humanos e um comportamento
totalmente antievangélico.
O caso repercutiu
negativamente no Brasil, na América Latina e no mundo. É lamentável! Que Igreja
é essa! Certamente não é a Igreja que Jesus sonhou e quis!
Faço minhas as palavras dos
teólogos Leonardo Boff e Fernado Altemeyer Junior:
“Nos últimos dias, fomos
surpreendidos por um fato que nos deixou estarrecidos: o Padre Júlio
Lancellotti, o Cura d’Ars dos pobres e de gente de rua, que já há 40 anos cuida
com ternura e amorosidade de centenas da população de rua, dando-lhes o pão, o
abrigo, a biblioteca, a escola e tantas obras de genuína misericórdia
bíblica, foi-lhe imposta, de repente, a proibição de transmitir pela mídia
sua Missa dominical. Frequentavam a Missa, bem no sentido tradicional,
portanto, livre de qualquer censura canônica, pessoas de sua Paróquia de São
Miguel Arcângelo, gente de toda a cidade de São Paulo, gente vinda de todos os
Estados da Federação, Missa seguida até no estrangeiro, na América Latina
e na Europa. Não só. Foi-lhe vedado o acesso à mídia virtual na qual era
frequente com sua presença profética e profunda sabedoria. Irradiava bondade e
esperança. Sempre terminava com estas palavras-geradoras: Força! Coragem!
Ninguém desanime!”.
Infelizmente, a posição de Dom Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, é - ao
menos nesse caso - a mesma dos Políticos que defendem uma sociedade
estruturalmente injusta, desigual e que - por abominarem a população em
situação de rua - perseguem e caluniam o Pe. Júlio Lancellotti.
Pe. Júlio, estamos com você.
Apreciamos sua Nota Pública, mas temos consciência do profundo sofrimento seu,
dos nossos irmãos e irmãs, moradores em situação de rua e dos pobres em geral.
Desejamo-lhes um Natal de muita esperança e um Ano Novo de muitas vitórias.
Por fim, um Feliz Natal e um
Feliz Ano Novo aos nossos leitores e leitoras.
Marcos Sassatelli, Frade dominicanoDoutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP) Professor aposentado de Filosofia da UFG
Goiânia, 18 de dezembro de 2025
A acusação - que levou Jesus
de Nazaré, o Salvador do mundo, a ser preso e a morrer na Cruz por amor a todos
e todas nós, desde os pobres, marginalizados, oprimidos, excluídos e
descartados - foi essa: “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso
povo” (Lc 23, 2).
Jesus ressuscitou, está vivo e
caminha conosco. “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome (por minha
causa), eu estou aí no meio deles” (Mt 18, 20). E ainda: “Eu estarei com vocês
todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).
Hoje, muitos cristãos e
cristãs, que - como discípulos missionários e discípulas missionárias de Jesus
de Nazaré continuam sua missão no mundo - são chamados e chamadas de
“subversivos e subversivas”. Lembremos, por exemplo, os mártires do Brasil e da
América Latina, como Pe. Josimo Tavares, Margarida Alves, Dom Oscar Romero e
muitos outros.
O pior e o que mais dói é
quando essas acusações são da própria Igreja Instituição e daqueles que
- pelo ministério que exercem - deveriam ser verdadeiros irmãos e animadores
das Comunidades cristãs.
A tomada de posição de Dom
Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, no Brasil, a respeito do Pe. Júlio
Lancellotti - é uma grave violação dos Direitos Humanos e um comportamento
totalmente antievangélico.
O caso repercutiu
negativamente no Brasil, na América Latina e no mundo. É lamentável! Que Igreja
é essa! Certamente não é a Igreja que Jesus sonhou e quis!
Faço minhas as palavras dos
teólogos Leonardo Boff e Fernado Altemeyer Junior:
“Nos últimos dias, fomos
surpreendidos por um fato que nos deixou estarrecidos: o Padre Júlio
Lancellotti, o Cura d’Ars dos pobres e de gente de rua, que já há 40 anos cuida
com ternura e amorosidade de centenas da população de rua, dando-lhes o pão, o
abrigo, a biblioteca, a escola e tantas obras de genuína misericórdia
bíblica, foi-lhe imposta, de repente, a proibição de transmitir pela mídia
sua Missa dominical. Frequentavam a Missa, bem no sentido tradicional,
portanto, livre de qualquer censura canônica, pessoas de sua Paróquia de São
Miguel Arcângelo, gente de toda a cidade de São Paulo, gente vinda de todos os
Estados da Federação, Missa seguida até no estrangeiro, na América Latina
e na Europa. Não só. Foi-lhe vedado o acesso à mídia virtual na qual era
frequente com sua presença profética e profunda sabedoria. Irradiava bondade e
esperança. Sempre terminava com estas palavras-geradoras: Força! Coragem!
Ninguém desanime!”.
Infelizmente, a posição de Dom Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, é - ao
menos nesse caso - a mesma dos Políticos que defendem uma sociedade
estruturalmente injusta, desigual e que - por abominarem a população em
situação de rua - perseguem e caluniam o Pe. Júlio Lancellotti.
Pe. Júlio, estamos com você.
Apreciamos sua Nota Pública, mas temos consciência do profundo sofrimento seu,
dos nossos irmãos e irmãs, moradores em situação de rua e dos pobres em geral.
Desejamo-lhes um Natal de muita esperança e um Ano Novo de muitas vitórias.
Por fim, um Feliz Natal e um
Feliz Ano Novo aos nossos leitores e leitoras.






