(Lema local do 17° Grito dos/as Excluídos/as de 2011)
O
Grito dos/as Excluídos/as surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1° Grito foi
realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha
da Fraternidade do mesmo ano, que era "A Fraternidade e os/as Excluídos/as",
e responder aos desafios levantados na 2a Semana Social Brasileira, cujo tema
era: "Brasil, alternativas e protagonistas".
“O
Grito dos Excluídos/as é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um
espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural, de pessoas, grupos,
entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com a causa dos/as
Excluídos/as”.
Dentro
do tema "Vida em primeiro lugar", o 17º Grito dos/as Excluídos/as
deste ano, 7 de setembro, tem como lema nacional "Pela Vida grita a Terra…
Por Direitos, todos nós", e como lema local (Goiânia - GO) "Contra a
Corrupção, a Violência e a Morte, grita a Vida". Com o lema local, o Forum
Permanente do Grito dos/as Excluídos/as - responsável pela articulação e
organização do Grito - quis destacar, na luta contra a Corrupção, a Violência e
a Morte, as questões do Transporte, da Saúde e da Segurança Pública.
Em
Goiânia, o Transporte coletivo é caótico e desumano. A Saúde Pública é uma
verdadeira calamidade. A Segurança Pública é muito precária e, às vezes,
conivente com a corrupção, a violência e a morte.
Em
nível nacional, O Objetivo Geral do Grito dos/as Excluídos/as é: Anunciar, em
diferentes espaços e manifestações populares, sinais de esperança com a
perspectiva de transformação através da unidade, organização e das lutas
populares. Denunciar todas as formas de injustiças promovidas pelo sistema
capitalista implantado em nosso país, que causa a destruição e a precarização
da vida do povo e do planeta.
Os Objetivos Específicos do Grito dos/as Excluídos/as são:
- Defender
a vida humana em todas as suas dimensões, debater e construir alternativas que
fortaleçam, mobilizem e organizem os/as excluídos/as na luta em defesa e na
construção de uma sociedade que atenda os anseios populares.
- Lutar em
defesa das riquezas naturais (água, terra, minérios, sementes...) do nosso
planeta, denunciar o atual modelo de desenvolvimento e crescimento econômico
que explora e destrói toda forma de vida.
- Proporcionar
alternativas de manifestação popular que tragam esperança e perspectiva de vida
para o povo.
- Mostrar
que as crises, geradas pelo sistema capitalista, retiram direitos dos/as
trabalhadores/as, aumentando o trabalho precário e o desemprego.
- Fortalecer
as lutas dos povos em busca da soberania dos países e apoiar as formas de luta
popular em favor da transformação.
- Promover
debates sobre novas relações (gênero, raça, etnia, valores...) que respeitem e
construam a igualdade de direitos e a valorização das diferenças.
- Construir
espaços de unidade dos movimentos do campo e da cidade, promovendo a
importância de cada um dentro da organização e da luta popular.
- Ir às
ruas e praças para construir um projeto popular como alternativa ao modelo atual.
Um projeto
popular, como alternativa ao modelo atual (projeto capitalista), acontece em
torno de alguns eixos: projeto sustentável, nossos direitos, soberania nacional
e internacional, esperança e utopias (mística), integração das lutas, cidadania
universal, comunicação popular, defesa e promoção da juventude, garantia de todas
as formas de vida no planeta (Os Dados históricos sobre o
Grito dos/as Excluídos/as, os Objetivos e os Eixos foram tirados do “Jornal
Grito dos Excluídos/as”, Edição Número 50, Ano 17).
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB - Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da
Caridade, da Justiça e da Paz, no dia 12 de julho último, enviou uma “Carta de
apoio ao Grito dos/as Excluídos/as”, dizendo:
“Irmãos e
Irmãs! A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e
da Paz - CNBB manifesta seu apoio ao Grito dos Excluídos Nacional, que se
realiza em todos os Estados do nosso País, por ocasião das comemorações do dia
da Independência do Brasil.
O Grito
dos Excluídos é um espaço democrático de mobilização popular nacional na Semana
da Pátria, buscando construir um projeto popular para o Brasil. Neste ano tem
como tema: Pela Vida grita a Terra... Por Direitos, todos nós!
Com os
excluídos este evento pretende mobilizar pessoas, comunidades, Igrejas,
religiões e sociedade para assumir o protagonismo na construção de alternativas
que tragam a eles esperança e perspectivas de vida para as comunidades locais;
promover a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas
relações de gênero, raça e etnia; denunciar todas as formas de injustiça que,
em nosso país, causam a destruição e a precarização da vida do povo e do planeta.
Diante de
situações de exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e o direito a uma
vida digna para todo ser humano. O compromisso com esta causa nos compromete no
esforço de superação da exclusão em nosso país, participando da construção de
uma sociedade justa, solidária e de cuidado da vida do planeta e do ser humano”
(Dom Guilherme Werlang, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz).
Diário da
Manhã, Opinião Pública, Goiânia, 01/09/11, p. 4
Fr. Marcos Sassatelli, Frade dominicano
Doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP)
Prof. de Filosofia da UFG (aposentado)
Prof. na Pós-Graduação em Direitos Humanos
(Comissão Dominicana Justiça e Paz do Brasil / PUC-GO)
Vigário Episcopal do Vicariato Oeste da Arquidiocese de Goiânia
Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Terra
E-mail: mpsassatelli@uol.com.br
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