A Rede Ecumênica de Juventude (REJU), com sede no Rio de Janeiro, participou - de 30 de outubro a 8 de novembro, na cidade sul-coreana de Busan - da 10ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). O testemunho dos jovens da Rede demonstra consciência crítica, maturidade humana e responsabilidade histórica. É realmente motivo de muita esperança.

Continua relatando: “durante os últimos 20 dias trabalhei com 120 stewards (articuladores, orientadores, coordenadores). Jovens de todo mundo que, como eu, deixaram suas realidades, ou melhor, trouxeram um pouco delas, para Busan. Aqui nós recebemos formação e tivemos espaços de discussão e compartilhamento; além de trabalharmos na Assembleia. Fui designado para o grupo de Liturgia e Música. Nosso grupo era composto por brasileiros, canadenses, americanos, jamaicanos, coreanos, egípcios, polinésios, finlandeses, alemães, suíços, franceses. Metodistas, batistas, anglicanos, luteranos, ortodoxos, coptas, reformados, unidos”.


Alexandre faz, pois, um caloroso apelo: “olhando tudo isto, fomos desafiados por esse nosso Deus que é Vida. Sigamos em direção à Justiça e à Paz. A voz profética não terminou com os profetas do Antigo Testamento ou com a Ascensão do Cristo, ela seguiu como um mandamento a todos aqueles que estivessem dispostos ao discipulado de Jesus. Denunciar o pecado da injustiça, da morte, da opressão, da desigualdade, da guerra; e proclamar o ano aceitável, a Justiça, a Paz, a Vida plena, o Reino; é o que une cristãos do mundo inteiro ao Corpo de Cristo. É isso que nos lembra a própria Eucaristia, o Cristo que se faz realmente presente quando há partilha”.
Alexandre relata, ainda, que Olive - uma jovem coreana com a qual tiveram o prazer de conviver nos últimos dias - numa reunião com os stewards do grupo de Liturgia e Música - disse: “Vocês sabem que a sociedade coreana tem muita hierarquia e diferentes formas de tratamento de acordo com a sua idade. Hoje eu me dei conta que estamos trabalhando num comitê junto com dois dos mais famosos regentes da Coréia. Um deles, inclusive, me deu aula. Porém, aqui nos tratamos como iguais, todos dão suas opiniões, as discordâncias são reconhecidas e a igualdade prevalece, parece o Reino de Deus”.
Que depoimento bonito e significativo! É isso que nos fortalece a todos e todas, e nos incentiva - com esperança, que já é certeza de vitória - a continuar a luta por um Mundo Novo, de justiça, igualdade, fraternidade e amor.
O jovem continua relatando: “em cada encontro e desencontro, oração, culto, conversa e jantar, nós tivemos a oportunidade única de viver essa experiência de diversidade e igualdade, unidade e respeito. Tudo foi muito intenso e vou levar muito tempo para entender o que realmente foi tudo isso, o quanto tudo isso mudou minhas perspectivas, aqueceu minha fé, renovou minha experiência com Deus”.
Como ao fim de cada viagem, o jovem lembra, pois, do sábio ensinamento do avô: “Em uma viagem, o mais importante não são os lugares que você vai conhecer, as fotos que você vai tirar, mas as pessoas com que você vai encontrar pelo caminho que vão marcar sua vida”.
Alexandre termina o seu depoimento, dizendo: “esta caminhada ecumênica é como uma grande peregrinação, na qual vamos encontrando pessoas diferentes que podem até se estranhar de princípio, mas que aos poucos se percebem caminhando na mesma direção. Então, os passos começam a entrar no mesmo compasso ao som da canção do Deus da Vida, e é nessa hora que lá no horizonte é possível começar a vislumbrar o Reino de Justiça e Paz. Somos todos peregrinos” (http://www.reju.org.br/noticias-conteudo.asp?cod=1634 - 14/11/13).

Leia também o artigo “Deus da Vida guia-nos à Justiça e à Paz” [10ª Assembleia do CMI], em:
http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20131122&p=19;
http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=78785&langref=PT&cat=24.
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