Como
se isso não bastasse, o Partido dos Trabalhadores (PT) tornou-se (com raríssimas
exceções) o Partido dos Traidores. Em suas práticas políticas ditatoriais, ele
inova sempre e nos surpreende a todos. Talvez seja o “jeito petista” de ser
ditador!
O
comportamento arrogante, ressentido e vingativo do prefeito Paulo Garcia (PT),
do secretário de Governo, Osmar Magalhães e da secretária da Educação, Neide
Aparecida (PT e ex-sindicalistas), em relação aos Trabalhadores da Educação do
Município de Goiânia, é simplesmente repugnante e nojento. Faz muito tempo que
não se via tanto autoritarismo e tanto desrespeito para com os Trabalhadores. É
lamentável!
Acompanho
o Movimento de greve dos Trabalhadores da Educação do Município de Goiânia, sou
solidário com ele e posso testemunhar que se trata de um Movimento sério, que
luta por uma Educação Pública de qualidade e que é coordenado por pessoas dedicadas
e de muita responsabilidade.
Só
para citar um fato concreto, uma Trabalhadora Administrativa da Educação, em
seu depoimento, afirma: “ao longo dos anos, os Trabalhadores Administrativos da
Educação e de outros órgãos da Prefeitura de Goiânia vem sofrendo uma grande
desvalorização em relação aos seus direitos adquiridos. A defasagem é tão
grande que, há dez anos, ganhávamos um salário mínimo e meio e, hoje, menos de
um salário mínimo. E assim esses Trabalhadores tomaram consciência de sua
importância e resolveram lutar por seus direitos. Hoje estamos reivindicando em
relação a: perda salarial, plano de carreira, data base em janeiro, auxílio
locomoção e 50% de gratificação dos secretários e secretárias. Portanto, não
estamos pedindo aumento, mas só direitos que já existiam. Esperamos que esses
direitos voltem a ser uma realidade no nosso contra-cheque”.
Conversando
com outra Trabalhadora Administrativa da Educação, ela me dizia que trabalha
como merendeira há 21 anos, que está com graves problemas de saúde por ter
carregado panelas pesadas por muito tempo e que ganha menos de um salário
mínimo. Que desumanidade!
Mesmo
diante da realidade de caos total na Educação Pública, que clama por justiça
diante de Deus, os Trabalhadores da Educação são humiliados, caluniados e tratados
como “bandidos” pelo Governo Municipal de Goiânia, pelo PT e pelo Sintego, que
é um Sindicato pelego e covardemente submisso aos interesses oportunistas do PT.
É preferível alguém que sempre foi ditador do que um traidor que se tornou
ditador. O traídor é o ser humano mais mesquinho e mais repugnante que existe
sobre a face da terra.
Finalmente,
depois de mais de um mês de greve, o prefeito Paulo Garcia, o secretário de Governo,
Osmar Magalhães e a secretária da Educação, Neide Aparecida, dignaram-se receber
uma pequena comissão dos Trabalhadores da Educação, mas não permitiram que
levassem, para dentro da sala de reunião, suas bolsas e seus celulares. Que
atitude fascista! Que absurdo!
Com
desprezo e sem nenhuma intenção de dialogar, despejaram sobre os membros da
comissão todo seu ressentimento e toda sua arrogância vingativa. Que
vergonha!
Como
mostram claramente as imagens dos videos divulgados na mídia, os Trabalhadores
da Educação do Município - que chegaram à convenção do PT para fazer sua
manifestação (a manifestação é um direito dos Trabalhadores) - foram tratados
com violência verbal e física por participantes da convenção (entre os quais,
sindicalistas do Sintego), provocando ferimentos e lesões corporais em alguns
manifestantes. Depois de brutalmente agredidos, foram expulsos, gritando
palavras de ordem como: “essa greve quem comprou foi o Marconi”! “Fora
Marconi”!
É o
método da ditadura! As cenas de violência, que aparecem nos videos da convenção
do PT são parecidas com as cenas de violência, que aparecem nos videos do
Parque Oeste Industrial. Isso mostra claramente que Marconi Perillo e Paulo
Garcia são farinha do mesmo saco. PT e PSDB são uma corja só.
E
tem mais: o Partido dos Trabalhadores (estava esquecendo: o Partido dos
Traidores), com a maior desfaçatez, corta o ponto dos Trabalhadores em greve,
deixando-os passar necessidades. È o máximo da covardia! Gritam com razão os
Trabalhadores da Educação: “partido traidor, corta ponto do trabalhador”.
Não
foi Marconi que comprou a greve dos Trabalhadores da Educação do Município de
Goiània, mas foi o sistema capitalista neoliberal (com seus partidos políticos)
que comprou o PT. Essa é a verdade!
Basta
ver as alianças que os partidos - com o PT na frente - fazem em nível nacional
e regional. Em Goiás, o PT - como, desta vez, não conseguiu fazer nenhuma
aliança de peso (bem que tentou!), devido a conflitos entre interesses
oportunistas de alguns políticos - vem com essa hipocrisia de dizer que formou uma
chapa pura e que só faz aliança com o povo. Ainda bem que o povo não é bobo! O
PT já deixou de fazer aliança com o povo há muito tempo.
No
Pará, por exemplo, o PT - a fim de ganhar votos para reeleição da presidenta
Dilma - aprovou a aliança até com o DEM. As alianças nacionais e regionais
feitas pelo PT, os partidos aliados e os partidos chamados de oposição - que na
realidade são farinha do mesmo saco - mostram um quadro esquizofrênico da
realidade eleitoral. Vivemos - como diz o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo
Paes (PMDB) - um clima de “bacanal eleitoral”. Na formação das alianças para
disputar tanto a presidência da República, quanto o governo dos Estados vale tudo.
É a total falta de ética. É a total falta de vergonha! É um quadro político que
dá vômito ou - como bem diz Janio de Freitas - “revira o estômago”.
Depois
que se vendeu, o PT aliou-se com partidos e com políticos (como Sarney, Maluf e
companhia) que foram os esteios da ditadura civil e militar. O oportunismo
político é tâo desavergonhado que hoje o PT, para ganhar votos, é capaz de
fazer aliança até com o capeta. Chega de hipocrisia! Gritemos, sim, “fora Marconi”,
mas gritemos também “fora os traidores”.
O PT
e todos os partidos oportunistas lembrem que - com suas maracutáias
despudoradas - podem até enganar o povo, mas não enganam a Deus. A justiça de
Deus tarda, mas não falha! Aguardem!
Enfim,
como é bom e gratificante não ter o rabo preso com nada e com ninguém, se
sentir livre e poder falar (anunciando e denunciando) só por amor à verdade e à
justiça!
Vamos
banir para sempre da vida pública todos os partidos que são contra os Trabalhadores
e todos os políticos corruptos, oportunistas, mentirosos, covardes, que
costumam ficar em cima do muro e que defendem os direitos humanos só quando lhe
convém, mesmo que - para enganar o povo - se digam “católicos” ou “evangélicos”.
Uma
outra política é possível e necessária! Lutemos por ela! Viva os Trabalhadores
da Educação do Município de Goiânia, que - com garra e heroismo – continuam a
luta por uma Educação Pública de qualidade! Viva todos os Trabalhadores e
Trabalhadoras! Viva o Projeto Popular!
Marcos Sassatelli, Frade dominicano
Doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP),
Professor aposentado de Filosofia da UFG
E-mail: mpsassatelli@uol.com.br
Goiânia, 02 de julho de 2014
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